sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Oportunidade

Diz a história que, uma indústria de calçados aqui no Brasil desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. 
Mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do país, para fazer as primeiras observações daquele futuro mercado, pedindo-lhes que fosse enviado um parecer o mais breve possível. 
Após alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou um fax para a indústria, (ainda não havia a "era da informática", rsss...) no fax se dizia:
"Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia, aqui ninguém usa sapatos”. 
Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor também enviou o seu fax que dizia: 
"Senhores, tripliquem a exportação de sapatos para a Índia, aqui ninguém usa sapatos ainda." 

A mesma situação, foi obstáculo para um e uma fantástica oportunidade para o outro. 
Tudo na vida pode ser visto de maneiras diferentes, a vida é como um espelho que devolve a cada um o reflexo de seus próprios pensamentos e a maneira como encaramos as situações fazem toda a diferença. 

"Os tristes acham que o vento geme, os alegres afirmam que ele canta."  e  “Enquanto uns choram, outros vendem lenços” rsss... pense nisso.

Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, mas permanece firme para sempre.(Salmos 125:1)


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Os seus limites estão na sua cabeça...

Os meus limites estão na minha cabeça, por isso não me vejo com um "problema", mas sim, em uma "condição..." 

Não se sinta envergonhada por estar ostomizada, ao contrário, sinta-se muito especial, por Deus ter poupado a sua vida através dos médicos e da "bolsa", há um propósito nisso...agradeça a Deus todos os dias pela NOVA CHANCE DE VIDA que ELE te dá.

Procure estar sempre o mais apresentável possível, (não para os outros, PARA VOCÊ MESMA) mas lembre-se:
“Os encantos de uma mulher podem ser apenas uma ilusão e a beleza não dura para sempre, a verdadeira beleza, a verdadeira honra de uma mulher está em amar e obedecer ao Senhor”. (Provérbios 31:30) 

Você pode usar roupas do dia-a-dia, trabalhar, ir a igreja, cinema, shopping, festas, casamentos, piscinas "nadar de bolsa", usar calcinhas inteira tipo cinta, ou se preferir "fio-dental", você poderá ter uma vida social normal... 

Dica: O maiô estampado é a melhor opção para disfarçar a bolsa, no dia-a-dia calcinha alta e confortável, para quem gosta de usar um jeans prefira os de cintura alta. 

A vida sexual poderá ser vivida normalmente, pois tal fato não apresenta perda da capacidade nem do apetite sexual.
No início pode parecer que as relações íntimas poderão ficar meio prejudicadas com a modificação exterior do seu corpo, você pode se sentir envergonhada, mas não é por causa disso que você vai deixar de ter relações íntimas com a pessoa que ama, usem de artifícios como (luz apagada ou meia luz, camisolas, baby-dol, com o tempo vocês nem irão se importar mais com isso).
Converse MUITO com seu parceiro, explique a ele que a ostomia não atrapalha a vida sexual e, se for necessário leve-o para conversar com seu médico, ele é a pessoa mais indicada para esclarecer sobre a vida sexual depois da cirurgia. 

Lembre-se dos provérbios populares.
"A necessidade é que faz pular o sapo” ...“Na natureza nada se cria, tudo se transforma” ...“Na moda nada se cria, tudo se copia” ao meu ver (se cola, se revisita, se recria, se melhora, se adapta).

Todos os ostomizados ou pessoas que convivem de perto com eles percebem que há um caminho mais ou menos padrão para a adaptação a uma cirurgia de ostomia. 
Algumas pessoas caminham a passos largos em direção a uma vida normal, outras caminham a passos pequenos com dificuldades, já outras se recusam a caminhar... tudo depende do psicológico de cada um (cada pessoa tem o seu tempo).

Tudo começa mais ou menos assim: 
“Tenho uma bolsa pregada na barriga, e agora?”.
“Estou cheirando mal?”.
“Não sei lidar com a bolsa, trocar, tenho medo de me tocar, o que eu posso comer?”. 

Depois de algum tempo as preocupações são outras:
“Não sei que roupa vestir”.
“Fico insegura ao sair à rua”. 

Mais adiante pensamos:
“Contar as pessoas ou não? "
"Se sim, a quem?"
"Se a alguém, quando?"
"Serei rejeitada, terão dó, nojo de mim?”. 

Quando voltamos às nossas atividades normais, deixamos de ter uma vida que gira ao redor da bolsa e passamos a querer MAIS:
Mais conforto, mais roupas da moda, mais maiôs bonitos, queremos ser mais aceitos, inclusive por nós mesmos, nossa imagem corporal mudou e, cá entre nós, não ficamos com abdomens mais bonitos, isso é um fato, mas foi por uma boa causa, isso também é um fato e se pensarmos bem uma troca até que justa, afinal "estamos viva".

Quando atingimos esse ponto, estamos prontos a tirar o melhor partido possível da nossa realidade. 
E um dia, quando nós e as pessoas ao nosso redor se esquecem que somos ostomizados, acontecem coisas engraçadas, como por exemplo sermos presenteados com camisolas transparentes, biquines, mini-blusas entre outras "coisitas mass"... rsss. 

E assim sendo o "homem" um ser extremamente adaptável, vamos criando soluções para as nossas necessidades, quanto mais convivemos e trocamos informações e experiências, mais temos condições de superar nossos limites, mesmo aqueles que parecem sem importância... 

O certo é que, o processo de aceitação de ostomia raramente acontece da noite para o dia, por isso tenha paciência com você mesma.
As pessoas quando souberem que você usa uma "bolsa" vão olhar para sua barriga sim, ou tentarão evitar olhar por educação.
Mas isso também passa, eventualmente todos vão esquecer que você usa bolsa, INCLUSIVE VOCÊ, por isso encare tudo de forma mais natural possível.
Você é vista como se vê, (e isso vale para qualquer pessoa em qualquer situação), depois de bem orientada você é capaz de assumir o seu corpo seja "permanente ou temporário".

Eu escolhi ver o arco-iris ao invés de nuvens cinzentas... o sol ao invés das tempestades... e sorrir muiiiito ao invés de chorar... afinal a única coisa que cai do céu, é chuva, rsss.

Espero que tenha ajudado, um grande beijo,  VIVA e seja FELIZ


Susi Cléa - 41 anos
casada á 24 anos, 03 filhos (23, 19 e 14), ostomizada á 08 anos

"Eu vivo do que eu CREIO e não do que eu VEJO"


sexta-feira, 4 de outubro de 2013


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir, porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende, amigo "a gente sente", o amor que damos ao outro é consequência do que temos por nós mesmos.



Eu sou aquela a quem o tempo muito ensinou...Ensinou a amar a vida, não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos, acreditar nos valores humanos e ser muito, mas muito otimista...