domingo, 18 de agosto de 2013

Quase?? Não!!!!!!!!

Pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que incomoda, que entristece, trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase
morreu está vivo, quem quase foi não chegou, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se
perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel, por essa simples mania de
viver no outono.
O que será que nos leva a escolher uma vida morna, quase quente?
Será a distância e frieza dos sorrisos, a frouxidão dos abraços, a indiferença dos cumprimentos "Bom dia, boa tarde ou boa noite", quase que sussurrados, a pressa em se locomover quase sem tempo para uma paradinha, a mentira dita por quase dizer a verdade ou  a verdade por quase mentir?
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo atrai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam
nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que
cada um traz dentro de si.
A fé move montanhas, mas as estrelas não estam ao nosso alcance, para as
coisas que não podem ser mudadas, resta somente paciência.
Porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória, é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão,  para os fracassos há chances,  para as enfermidades há cura, para os amores impossíveis há tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma, não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Por vezes desconfie do destino e acredite mais em você, gaste mais horas realizando alguns sonhos do que apenas sonhando-os, fazendo mais do que apenas planejando, vivendo mais do que apenas esperando, porque, embora quem quase morre ainda esteja vivo, quem quase vive talvez já morreu.


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